A NOTRE DAME DO CORCUNDA


Alô, galera de cowboy! Tudo bom com vocês?


Terceiro dia e resolvemos ir a Catedral de Notre Dame. Do nosso hotel até lá eram uns quatro quilômetros, mas pareceu que o percurso foi mais cansativo do que a Corrida de São Silvestre. A Catedral fica na Île de la Cité, uma das duas ilhas cortadas pelo Rio Sena, e a melhor forma de chegar lá é pegando a linha 4 do metrô e descendo na estação Cité ou Saint-Michel. 



A Île de la Cité, é um lugar lindo. Minha mãe e eu decidimos que um dia iremos morar lá haha. É o coração da capital francesa, e lá estão, além da Notre Dame, o Palácio da Justiça, a Sainte Chapelle e o Conciergerie, então dá para perder um bom tempo andando por lá. Outra ilha que tem por ali é a île Saint-Louis, que não tem monumentos, mas dá para andar por lá e ir admirando a elegância das residências. Isso eu sei segundo o Google Imagens, pois infelizmente não tivemos tempo de conhecer.

Vamos a Notre Dame, a igreja de arquitetura gótica que inspirou a famosa história de Victor Hugo: O Corcunda (do que?) de Notre Dame (ah vá).

Eu, Notre Dame, e as costas de um velho

A visita é gratuita, porém você tem que pagar para subir às torres e, além de uma vista linda da cidade, ver de perto as assustadoras gárgulas de Viollet-le-Duc, que há quem diz que foram feitas para retratar os pesadelos humanos e que muitos acreditam que afastam os maus espíritos. Na minha opinião, devem atrair maus espíritos, pois são assustadoras haha.




O ticket custa oito euros, e a fila para subir fica na lateral esquerda da igreja, e a espera costuma ser um pouquinho demorada. E demora ainda mais quando na sua frente tem duas adolescentes japonesas, cantando a mesma música em japonês, sem parar, por uma hora seguida hahaha.

Mas compensa subir? Compensa. Mas, dependendo do seu condicionamento físico, você pode vir a óbito. Teve uma hora que eu pensei que ia morrer, pois são quase 400 degraus, em escadas estreitas em caracol, que são o único acesso a torre. Subir até nem foi o pior.


Ao descer, naquele espaço justo com as escadas fazendo curva (nem sempre tinha corrimão) eu passei mal, e não dava nem para eu dar uma paradinha para respirar, pois tinha um monte de gente atrás para descer. Minha perna foi ficando mole e eu fui ficando muito tonta, foi horrível! Percebi que realmente tinha algo de errado comigo quando um casal de idosos me ultrapassou e eu me senti uma completa molengona. Mas enfim! O esforço valeu, pois hoje tenho essas fotos para mostrar para vocês, a custa de muito suor e vertigens: 





O sino do Quasimodo 


Curiosidades: 


A igreja começou a ser construída em 1163 e Notre Dame significa Nossa Senhora.


Ela é o marco zero da cidade, e é de lá que se calculam as distâncias das estradas francesas. 

Alguns dos vitrais da igreja são considerados os maiores do mundo. 

Joana D’Arc foi canonizada e beatificada nessa igreja em 1909.


O último Grão Mestre Templário foi queimado vivo com outros cavaleiros, em uma fogueira na frente da Catedral, acusados de heresia, homossexualismo, sodomia e outras coisas, pelo Rei Filipe IV, o Belo (ah tá).



Saindo de lá paramos para almoçar num restaurante que tinha do lado, que eu também não lembro o nome. O dono ficava gritando com os funcionários, e eles ficavam que nem barata tonta tentando atender todo mundo. Isso me incomodou. Pedimos uma sopa de cebola D-E-L-I-C-I-O-S-A com pães, que desceu redondamente quente, goela a baixo, e na seqüência pedimos uma lasanha ao sugo da boa também. Muito da gorda, saindo de lá comprei um crepe de banana com nutella. Mas esse me decepcionou: a banana veio inteira no crepe. Por favor, né França, pique as suas bananas parça! 

Aí, eu parei para comer minha banana besuntada de nutella e embrulhada pelo crepe, na frente da Notre Dame, e ficamos apreciando um artista de rua, que estava tocando umas músicas muito legais ali. O nome dele é Monsieur B. E porque eu me lembro dele? Porque minha mãe se apaixonou. Desculpe pai, mas tenho que ser sincera com meus leitores hahaha. Mentira, mas é que o cara era realmente muito bom músico, e ainda fazia umas piadinhas entre uma música e outra, sei lá, cativava a gente e não queríamos ir embora.



Próximo post tem Louvre lindo, a Monalisa sem graça e uma baguete de atum. Até!

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