¡VALE! BARCELONA

Arriba Espanha! (Eu sei que o arriba combina mais quando a gente fala em México mas não consegui escolher outra interjeição para começar esse post haha)

Tenho boas lembranças dessa terra. Homens espanholudos com sotaque sensual, clima praieiro, arquitetura que deixa qualquer um encantado feito tonto! Viajei sozinha pra lá em setembro de 2013 e depois fui a Lisboa também.



Barcelona foi uma das cidades em que fiquei mais tempo (seis dias inteiros), então saí de lá com a sensação de que vi tudo o que queria ver. Enquanto planejava a viagem cheguei a ficar em dúvida entre Madri e Barcelona, mas dessa vez queria algo diferente e acabei decidindo por Barcelona porque queria ver praia na Europa. Sabe como é: salgar o corpinho, bronzear os gambitos, se empanar na areia, fazer topless...hahaha.


Planejando minha viagem surgiu uma dificuldade que até então eu nunca tinha tido: decidir sobre a hospedagem. Dessa vez eu tinha colocado na cabeça que queria um quarto privado, mas todos os hostels que eu me interessava só tinham quartos compartilhados ou eram muito afastados do centro. Cheguei a reservar em um hostel e depois cancelar a reserva exatamente por perceber que a localização era zuada. Até que eu descobri o Hostal Oliva! 


Qual a diferença entre hostal e hostel? Quando algum estabelecimento leva o nome de Hostal isso significa que o lugar está mais para uma pousada, com quartos privados. 
Se você ainda não entende muito qualéqueé dos hostels, clique aqui: http://cadacontodomundo.blogspot.com.br/2014/09/hospedagem.html

Pelo site eu já tinha amado o lugar e ainda mais a localização. Não poderia ter ficado em um lugar melhor! O Hostal Oliva é pertinho da Praça da Catalunya, no centrão mesmo, de frente a movimentadíssima e incrível Passeig de Gràcia, uma das mais importantes avenidas de Barcelona.

O lugar é uma graça! Limpeza impecável e bem confortável! O prédio foi construído em 1931, portanto tem aquele ar de antigão com direito até a um elevador de gradinha retrô.



Na primeira noite, por alguma confusão deles, o meu quarto não estava vago, mas acabei me dando bem porque eles me colocaram em um quarto para duas pessoas, gigante e lindo de frente para a avenida e com uma maquininha de café e cappuccino do lado do quarto. Nem dava para reclamar! Essa era a vista do meu quarto:




No outro dia fui para o quarto que havia reservado que era bom também, só que bem menor. 



Paguei cinqüenta euros a noite, o que achei bem barato, ainda mais pelo euro estar menos de $2,50 na época com a vantagem de ser  um quarto privado com banheiro e televisão. 



Desvantagem: pelo estilo de pousada com jeitão de hospedagem familiar, não pude interagir com outros hospedes como sempre fiz em albergue, pois não tinha festinhas, nem saídas noturnas organizadas ou um espaço para ficar relaxando e fazendo amizades. Senti falta disso, e por vezes dava um pouquinho de sentimento de solidão, para ser bem sincera. Se você está indo em casal ou em família, não pense duas vezes e fique lá. Se vai sozinho e quer estar rodeado de pessoas e fazer amigos, opte por um albergue.


Quando cheguei a Barcelona já sabia do Aerobús que faz o trajeto Aeroporto El-Prat - Praça da Catalunya (com uma parada na Praça da Espanha). Você compra um bilhete que custa dez euros e que te dá direito à viagem de volta ao aeroporto em um prazo de 15 dias. Não tem opção melhor que essa, pois por um táxi, você vai pagar uns 30 euros ou mais. O ônibus sai a cada cinco minutos, é confortável e tem um espaço dentro dele para você deixar suas malas. Mas atenção: se não for descer na primeira parada fique atento para que ninguém que desça antes acabe pegando a sua mala sem querer (ou por querer). Brasileiro que se preze sempre tem medo de ser roubado hahaha.



Praça da Catalunya


Desci na Praça da Catalunya e andando uns quatro quarteirões já estava no hostel, pertíssimo. Foi amor a primeira vista pela cidade! As ruas estavam bombando de gente, em uma agitação louca que eu nunca vi, sério. Deixei minhas coisas, tomei banhinho e fui bater perna. Logo de cara percebi que não entendia muito bem o espanhol deles, mesmo eu sendo formada em espanhol em uma escola de idiomas. 

Barcelona é a capital da Catalunha, uma das comunidades autônomas da Espanha com seus próprios costumes e regras e com uma história de luta pela sua independência do resto da Espanha. Seu idioma é o catalão, que é uma língua louca derivada do latim em um mix de português, francês, espanhol e italiano, entre outras. O catalão está na boca do povo e em muitas placas e indicações, então não se surpreenda.

"Catalunha não é Espanha"

Talvez por isso eu tenha achado o sotaque deles muito pesado, difícil de ser entendido. O espanhol costuma ser subestimado pelos brasileiros. É normal você ouvir de um brasileiro: “ah, eu sei um pouco de espanhol”. Desculpe amigo. Portunhol não é o suficiente. 


Se quiser impressionar os espanhóis e fingir que manja muito, aqui fica uma dica: É muito comum o uso da expressão “Vale” na Espanha e significa simplesmente algo como “ok”, “sim”, “tá bom”. Ou seja, o vale, vale para tudo hahaha.

E com tudo isso foi uma confusão de idiomas na minha cabeça. Os meus dias seguiram em tentativas de falar o espanhol, misturar com o português e desistir e acabar falando em inglês mesmo, do tipo:

-Hola! I want papas fritas, please! Obrigada! 

Que tuesca que me fué!hahaha


No outro dia fui cedinho à praia de Barceloneta, tomar meu café da manhã de misto quente numa birosca em frente ao mar mediterrâneo. E era meu niver! Teve paella e direito a champagne. Besos chicos!

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